quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Chave Seccionadora

As chaves seccionadoras são dispositivos elétricos que servem para fechar ou abrir um circuito. Elas são construídas de forma diferente de interruptores, pois é necessário que se vejam seus contatos quando estão abertos ou fecha­dos.
Para maiores detalhes, você conhecerá o conceito de chave seccionadora, segundo as normas da ABNT.
A chave seccionadora é um dispositivo elétrico de manobra mecânica ma­nual que, para evitar risco de acidentes, garante, na posição desligada (aberta), uma distância entre seus contatos, capaz de não permitir a passagem da corren­te elétrica. São constituídas de uma base isolante, com contatos móveis e fixos, bornes de conexão e punho ou manípulo de acionamento.

As chaves seccionadoras têm a função de permitir ao eletricista fazer a manutenção com o circuito desligado. Por isso, é necessário – conforme o esta­belecido no conceito – que se mantenha uma distância de isolamento entre seus contatos, capaz de não permitir a passagem da corrente elétrica; caso contrário, ela não ofereceria segurança ao eletricista.
Além disso, estas chaves não são próprias para comando direto de má­quinas, pois é preciso primeiro desligar as máquinas, para depois desligar as chaves seccionadoras.

Fusíveis

São dispositivos usados nas instalações elétricas com a função de proteger os
circuitos contra os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas.
Simbologia

Constituição
São partes da constituição dos fusíveis: o contato, o corpo isolante, o elo de fusão
e o indicador de queima. (Fig. 1.2)


Contatos
Servem para fazer a conexão dos fusíveis com os componentes das instalações
elétricas. Feitos de latão ou cobre prateado, para evitar oxidação e mau contato.
Corpo isolante
É feito de material isolante de boa resistência mecânica, que não absorve umidade.
Geralmente de cerâmica, porcelana ou esteatita. Dentro do corpo isolante se
alojam o elo fusível e, em alguns casos, o elo indicador de queima, imersos por
completo em material granulado extintor - areia de quartzo de granulometria
adequada de (acordo com a corrente máxima circulante).
Elo de fusão- Material condutor de corrente elétrica e baixo ponto de fusão, feito
em forma de fios ou lâminas.
Em forma de fio- A fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo (fio).
Em forma de lâmina - Assumem diversas formas de seção, conforme descrito a
seguir.
Elo fusível com seção constante - A fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo.
Elo fusível com seção reduzida normal - A fusão sempre ocorre na parte onde a
seção é reduzida. 
Elo fusível com seção reduzida por janelas - A fusão sempre ocorre na parte entre
as janelas de maior seção. 
Elo fusível com seção reduzida por janelas e um acréscimo de massa no centro -
A fusão ocorre sempre entre as janelas. 
Elo indicador de queima - É constituído de um fio muito fino, que está ligado em
paralelo com o elo fusível. No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de
queima também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta. (Fig. 1.8)
Indicador de queima
Facilita a identificação do fusível queimado. Desprende-se em caso de queima do
fusível.

Funcionamento
O funcionamento dos fusíveis é baseado na fusão do elo fusível, condutor de
pequena seção transversal que sofre um aquecimento maior que o dos outros
condutores à passagem da corrente. Para uma relação adequada entre seção do
elo fusível e o condutor protegido, ocorrerá a fusão do metal do elo quando o
condutor atingir uma temperatura próxima da máxima admissível (especificada
para cada fusível, de acordo com sua aplicação e corrente nominal).
Características dos fusíveis quanto ao tipo de ação
Os fusíveis podem ser de:
· ação rápida ou normal;
· ação ultra-rápida;
· ação retardada.
Fusíveis de ação rápida ou normal
Neste caso a fusão do elo ocorre após alguns instantes da sobrecarga. Os elos
podem ser de fios com seção constante ou de láminas com seção reduzida por
janeIas. São próprios para proteger circuitos com cargas resistivas.
·Exemplo
Proteção de circuitos com lâmpadas incandescentes e resistores em geral.
Fusíveis de ação ultra-rápida
Neste caso a fusão do elo é imediata, quando recebem uma sobrecarga, mesmc
sendo de curta duração. São próprios para proteger circuitos eletrônicos, quando
o dispositivos são semicondutores. Os semicondutores são mais sensíveis e
precisam de proteção mais eficaz contra sobrecarga, mesmo sendo de curta
duração.
Fusíveis de ação retardada
A fusão do elo na ação retardada só acontece quando há sobrecargas de longa
duração ou curto-circuito.
São próprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou capacitivas (motores,
trafos, capacitores e indutores em geral).
Características elétricas dos fusíveis
· Corrente nominal (In).
· Tensão nominal (Vn).
· Resistência de contatos.
· Limitação de corrente.
· Capacidade de ruptura.
· Característica tempo x corrente.
· Influência da temperatura ambiente.
Corrente nominal (In)
Especifica a máxima corrente que o fusível suporta continuamente sem se queimar.
Geralmente vem escrita no corpo do componente.
Existe um código de cores padronizado para cada valor da corrente nominal. As
cores estão numa espoleta indicadora de queima, que se encontra presa pelo elo
indicador de queima.
Cor Corrente nominal(A)
Rosa  2
Marrom  4
Verde  6
Vermelho  10
Cinza  16
Azul  20
Amarelo  25
Preto  35
Branco  50
Laranja  63
Tensão nominal (Vn)
Especifica o valor da máxima tensão de isolamento do fusível. É uma característica
relacionada com o corpo isolante do dispositivo.
Resistência de contatos
A resistência de contatos entre a base e o fusível é responsável por eventuais
aquecimentos porque se opõe à passagem da corrente, podendo causar a
queima do fusível.
Limitação de corrente
Sob altas correntes, os fusíveis atuam tão rapidamente que a corrente de impulso
de curto-circuito não pode ocorrer. O valor instantâneo máximo da corrente
alcançado durante o processo de interrupção denomina-se corrente de corte In. A
limitação de corrente é representada, nos catálogos, por meio de diagramas de
corrente de corte.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Como funciona o motor monofásico


Os motores monofásicos de fase auxiliar podem ser de
dois tipos: motores de partida sem capacitor e com capacitor.
Nos motores de partida sem capacitor, durante a partida
o enrolamento auxiliar fica ligado diretamente em paralelo
com o enrolamento principal. Quando o motor atinge certa
velocidade, cerca de 75% da velocidade normal, um interruptor
automático desliga o enrolamento auxiliar, passando o
motor a funcionar apenas com o enrolamento principal.

Os motores de partida com capacitor têm funcionamento
igual ao acima descrito, tendo apenas ligado em série com
o enrolamento auxiliar um capacitor.

A velocidade dos motores monofásicos depende do número
de pólos e da freqüência da rede de alimentação.
Os motores monofásicos de fase auxiliar são
normalmenteencontrados com 2,4 e 6 pólos, para as freqüências
de 50 a 60 Hz.
Os motores monofásicos de fase auxiliar dotados de
capacitor possuem um torque (arranque) mais vigoroso. Normalmente,
o capacitor é usado em motores que partem com
carga considerável.
Podem-se encontrar motores de fase auxiliar com dois,
quatro ou seis terminais de saída, que podem combinar-se
para várias tensões de rede e para inversão da rotação por
meio de chave reversora.
Quando o motor monofásico está parado, as molas fazem
com que as massas centrífugas empurrem o carretel sobre
os contatos, fechando o circuito do bobinado de arranque.
O motor está assim em condições de arrancar. Quando
o motor alcançar aproximadamente 75% de sua velocidade
de funcionamento a força centrífuga desloca as massas, arrastando
o carretel e abrindo os contatos que desligam o
bobinado de arranque. A partir daí o motor passa a funcionar
somente com o bobinado principal. Ao desligar o motor o dispositivo
age de forma inversa, deixando o motor em condições
de um novo arranque.

Motor Elétrico Monofásico

Também chamado de motor de indução monofásico, é
uma máquina de corrente alternada capaz de acionar máquinas
em geral e bombas d’água a partir de uma rede elétrica
monofásica. É composto, principalmente de um estator com um
enrolamento principal ou de trabalho e um enrolamento auxiliar
de partida; um rotor do tipo gaiola de esquilo, com eixo e rolamentos
que se encaixam nos mancais das tampas. Um sistema
de partida ou de arranque que é composto de mecanismo centrífugo,
interruptor e capacitor que agem sobre o enrolamento
auxiliar. Em algumas aplicações dos motores monofásicos, estes
partem sem carga, e dependendo de sua fabricação pode
ser dispensado o capacitor, cuja função é aumentar o torque de
partida. Como exemplos temos os ventiladores e esmerilhadoras.
As várias partes são montadas e ajustadas por quatro parafusos
longos que prendem as tampas.

Normalmente, o motor é acionado através de chaves,
que podem ser de partida direta ou com reversão de giro. A
chave de reversão manual permite ao motor monofásico girar
em dois sentidos, horário e anti-horário, proporcionando o
movimento da máquina ou de seus componentes para cima
ou para baixo, para frente ou para o lado esquerdo ou direito,
atendendo as necessidades do trabalho.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Acidente com Eletricidade

Aterramento

Aterramento é um complemento das instalações, tendo
em vista a proteção contra choques perigosos nas pessoas
que utilizem os equipamentos elétricos.
O aterramento é feito através de um fio chamado de condutor
de terra que interliga o sistema ou equipamento elétrico ao
eletrodo de terra. O condutor de terra não pertence ao circuito,
servindo apenas como proteção contra choques elétricos.
Todos já devem ter ouvido falar que a superfície da Terra é
o caminho natural de escoamento de cargas elétricas indesejáveis,
como, por exemplo, dos relâmpagos, nas tempestades.
Então, a terra pode servir como condutor de corrente
elétrica.
Quase todos os sistemas de distribuição de energia elétrica
possuem um fio neutro em ligação com a terra, para proteção
individual.
Nos chuveiros elétricos mal instalados era comum sentirem
- se choques em todas as torneiras da casa, hoje em dia
isso raramente ocorre devido a tubulação ser praticamente
toda de PVC.
A água em contato com a resistência elétrica do chuveiro
conduz um pouco de corrente para a sua carcaça e daí
para o encanamento. Qualquer pessoa tocando uma torneira,
estando com os pés no chão, deverá levar “choque ‘, porém,
se ligarmos um fio condutor qualquer entre a entrada e a saída
da caixa d’água, esta hipótese ficará quase abolida, pois a corrente
se escoará pelo encanamento de entrada da caixa para
a terra, o qual oferece melhor caminho para a terra do que o
corpo da pessoa.
Em todos os prédios, no ponto de alimentação de energia,
deverá ser executado um eletrodo de terra, para ligação
do condutor de proteção (PE).
O eletrodo de terra deverá apresentar a menor resistência
de contato possível, devendo ser da ordem de 5 ohms e
nunca ultrapassar 25 ohms.
O condutor terra é normalmente de cobre e deve ter a
dimensão mínima, de acordo com o ramal de entrada do prédio
(consultar a concessionária local).
 TIPOS DE ATERRAMENTO:
a) aterramento funcional: consiste na ligação à terra de
um dos condutores do sistema (geralmente o neutro), e
está relacionado com o funcionamento correto, seguro
e confiável da instalação.
b) aterramento de proteção: consiste na ligação à terra
das massas e dos elementos condutores estranhos à
instalação, visando à proteção contra choques elétricos
por contato indireto.
 COMPONENTES DO SISTEMA DE
ATERRAMENTO:
a) eletrodo de aterramento: constitui a parte colocada em
contato íntimo com o solo, com o objetivo de dispersar a
corrente;
b) condutor de aterramento: liga o eletrodo de aterramento
ao terminal de aterramento principal;
c) condutores de eqüipotencialidade: com os quais são
feitas as ligações eqüipotenciais (principal e suplementar),
que são:
v os condutores de eqüipotencialidade principais, que
ligam ou interligam as canalizações metálicas não elétricas
de abastecimento do prédio e os elementos metálicos
acessíveis da construção;
v os condutores de eqüipotencialidade das ligações
eqüipotenciais suplementares que interligam massas
e/ou elementos condutores estranhos à instalação;
d) condutor de proteção principal: condutor ao qual são
ligados, diretamente ou através de terminais de
aterramento, os condutores de proteção das massas, o
condutor de aterramento, e eventualmente, condutores
de eqüipotencialidade;
e) condutores de proteção das massas: acompanham
os circuitos terminais promovendo o aterramento das
massas dos equipamentos de utilização alimentados;
f) terminal de aterramento principal: que deve reunir o
condutor de aterramento, o condutor de proteção principal
e os condutores de eqüipotencialidade principal.

DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DE ATERRAMENTO DE ACORDO COM
A NBR 5410:

Para solos que apresentam dificuldades para se conseguir baixa resistência de terra,
podemos tomar duas providências:
v instalar mais de um eletrodo;
v fazer tratamento do solo com produtos químicos (sal grosso, sulfato de cobre ou sulfato
de magnésio).
Tabela de valores máximos de corrente de fuga admitidos em equipamentos de utilização:

Equipamentos
Corrente de fuga em mA
Aparelhos classe 0, I e  III
(eletrodomésticos portáteis, algumas geladeiras domésticas)
0,5
- aparelhos classe I portáteis
(secador de cabelo, ferramentas sem dupla isolação)
0,75

- aparelhos classe I estacionários a motor
(condicionador de ar)
3,5
aparelhos classe I estacionários para aquecimento
(chuveiro, torneira elétrica)
0,75KW, ou 5mA (o que for maior)
- aparelhos classe II
(ferramentas portáteis com dupla isolação)
0,25


Sistemas de Distribuição

Um sistema elétrico, na sua concepção mais geral, é
constituído pelos equipamentos e materiais necessários para
transportar a energia elétrica desde a “fonte” até os pontos em
que é utilizada.
Desenvolve-se em quatro etapas básicas: geração,
transmissão, distribuição e utilização.
A geração é a etapa desenvolvida nas usinas geradoras
que produzem energia elétrica por transformação, a partir das
fontes primárias. Podemos classificar as usinas em :
v hidroelétricas: utilizam a energia mecânica das quedas
d’água;
v termoelétricas: utilizam a energia térmica da queima de
combustíveis (carvão, óleo diesel, gasolina, etc.)
v nucleares: utilizam a energia térmica produzida pela
fissão nuclear de materiais (urânio, tório, etc.).
A etapa seguinte é a transmissão, que consiste no transporte
da energia elétrica, em tensões elevadas, desde as usinas
até os centros consumidores. Muitas vezes segue-se à
transmissão uma etapa intermediária (entre ela e a distribuição)
denominada subtransmissão, com tensões um pouco
mais baixas. Nas linhas de transmissão aéreas são usados,
geralmente, cabos nus de alumínio com alma de aço, que ficam
suspensos em torres metálicas através de isoladores.
Grandes consumidores, tais como complexos industriais
de grande porte, são alimentados pelas concessionárias
de energia elétrica a partir das linhas de transmissão ou de
subtransmissão.
Nesses casos, as etapas posteriores de abaixamento
da tensão são levadas a efeito pelo próprio consumidor.
Segue-se a distribuição etapa desenvolvida, via de regra,
nos centros consumidores.
As linhas de transmissão alimentam subestações
abaixadoras, geralmente situadas nos centros urbanos; delas
partem as linhas de distribuição primária. Estas podem ser
aéreas, com cabos nus (ou, em alguns casos, cobertos) de
alumínio ou cobre, suspensos em postes, ou subterrâneas,
com cabos isolados.
As linhas de distribuição primária alimentam diretamente
indústrias e prédios de grande porte (comerciais, institucionais
e residenciais), que possuem subestação ou transformador próprios.
Alimentam também transformadores de distribuição, de
onde partem as linhas de distribuição secundária, com tensões
mais reduzidas. Estas alimentam os chamados pequenos
consumidores : residências, pequenos prédios, oficinas,
pequenas indústrias, etc.. Podem, também, ser aéreas (com
cabos cobertos ou isolados, geralmente de cobre) ou subterrâneas
(com cabos isolados, geralmente de cobre).
Nos grandes centros urbanos, com elevado consumo
de energia, dá-se preferência à distribuição (primária e secundária)
subterrânea. Com a potência elevada a transportar, os
cabos a serem empregados são de seção elevada, complicando
bastante o uso de estruturas aéreas. Por outro lado,
melhora-se a estética urbana, suprimindo-se os postes com
seus inúmeros fios e cabos, aumentando-se também a
confiabilidade do sistema (não existe, por exemplo, interrupção
no fornecimento de energia devido a choque de veículos
com postes).
A última etapa de um sistema elétrico é a utilização. Ela
ocorre, via de regra, nas instalações elétricas, onde a energia
gerada nas usinas é transportada pelas linhas de transmissão
e distribuição, é transformada pelos equipamentos de utilização
em energia mecânica, térmica e luminosa, para ser finalmente
utilizada.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Lei de Joule

A energia se apresenta sob as mais variadas formas, tais
como: energia elétrica, energia térmica, energia mecânica, energia
luminosa, etc. Estas formas de energia podem sofrer transformações,
passando de uma para outra; por exemplo, podese
transformar a energia elétrica em energia térmica.
Quando a corrente elétrica passa através de um condutor
ou resistor, encontra uma resistência elétrica, ocorrendo
então o aquecimento do fio. Houve, portanto, uma transformação
de energia elétrica em energia térmica, a esse fenômeno
denominamos Efeito Joule.
O efeito Joule pode ser entendido como o choque de
elétrons livres contra os átomos do condutor. Com o choque,
os elétrons transformam parte da energia elétrica que recebem
do gerador e esta energia transferida e transformada em
calor. Por sua vez, este calor determina a elevação da temperatura
do condutor.

Enunciado da Lei de Joule:

“ A energia térmica ou quantidade de calor desenvolvida
pela passagem da corrente elétrica por um
condutor ou resistor é diretamente proporcional ao
quadrado da corrente elétrica, à resistência do resistor
ou condutor e ao tempo durante o qual se efetua a
transformação de energia.”

Q = 0,24 x I2 x R x t onde

Q - quantidade de calor em calorias (cal)
0,24 - equivalente térmico de calor (1J = 0,24 cal)
R - resistência (W)
I - corrente elétrica (A)
t - tempo (s)
O efeito Joule ocorre sempre, pois todos os dispositivos
possuem resistência elétrica, porém nem sempre interessa a
transformação de energia elétrica em calor, como por exemplo,
o caso de um motor elétrico. Neste, a intenção é a transformação
de energia elétrica em energia mecânica, mas nem
toda energia é assim transformada, pois uma parcela se transforma
em calor devido à resistência elétrica dos fios que constituem
os enrolamentos do motor.
Como essa energia não é desejada, dizemos que a
mesma se constitui numa energia perdida ou dissipada, pois
o calor é trocado com o meio ambiente.
A transformação da energia elétrica em térmica aparece
sob duas formas: aproveitamento Joule e perdas Joule.
O aproveitamento Joule se dá nos resistores (estufas,
ferros de soldar, etc.), onde se deseja obter aquecimento através
da corrente elétrica.
Nos condutores a transformação de energia elétrica em
térmica é um inconveniente, pois ela não é desejada.
A perda Joule é expressa em watts pela seguinte fórmula:
P = I2 x R, onde
P - potência dissipada ou perdida (W)
I - corrente elétrica (A)
R - resistência elétrica (W)

  APLICAÇÕES DO EFEITO JOULE:
O efeito Joule embora seja prejudicial as máquinas elétricas
e nas linhas de transmissão, pois representa uma perda
de energia elétrica, é por sua vez muito útil. Isso ocorre, por
exemplo, nos aquecedores elétricos em geral: ferro elétrico,
chuveiro, etc., nos fusíveis e nas lâmpadas de incandescência.
a) As lâmpadas incandescentes criadas no século passado
pelo inventor Thomas Edison, constituem também
uma aplicação do efeito Joule. Os filamentos destas
lâmpadas são geralmente feitos de tungstênio, que é
um metal cujo ponto de fusão é muito elevado. Assim,
estes filamentos, ao serem percorridos por uma corrente
elétrica, se aquecem e podem alcançar altas temperaturas
tornando-se incandescentes e emitindo grande
quantidade de luz.
b) Outra aplicação do efeito Joule é encontrada na construção
de fusíveis, que são dispositivos usados para
limitar a corrente que passa em um circuito elétrico
como , por exemplo, em um automóvel, em uma residência,
em um aparelho elétrico, etc.. Este dispositivo
é constituído por um filamento metálico, geralmente de
chumbo, que tem baixo ponto de fusão. Desta maneira,
quando a corrente que passa no fusível ultrapassa
um certo valor (próprio de cada valor), o calor gerado
pelo efeito Joule provoca a fusão do filamento, interrompendo
a passagem da corrente.
c) Atualmente, os fusíveis nas residências são substituídos
por disjuntores, o qual também possui o seu funcionamento
baseado no efeito Joule. Nestes componentes,
o aquecimento de um dispositivo bimetálico provoca
a sua dilatação, fazendo com que o disjuntor desligue,

protegendo o circuito.

Lei de Kirchhoff

 PRIMEIRA LEI DE KIRCHHOFF:
A primeira Lei de Kirchhoff se refere a forma como a
corrente se comporta nos circuitos paralelos.
Enunciado da Primeira Lei de Kirchhoff :
“A soma das correntes que chegam a um nó do circuito
é igual a soma das correntes que saem do nó.”

Obs.: chama-se “nó” ao ponto de união de três ou mais
braços de um circuito elétrico.
Para darmos continuidade ao estudo da Primeira Lei de
Kirchhoff, vamos relembrar as duas características fundamentais
do circuito elétrico paralelo:
v fornecer mais de um caminho para a circulação da
corrente elétrica;
v a tensão em todos os componentes associados é a
mesma.
Suponhamos agora três resistores ligados em paralelo
a uma rede cuja tensão elétrica é E.
Os pontos A e B, onde se realizam as derivações para a
ligação de cada componente se chamam nós.

A tensão com que funciona cada fonte receptora deve
ser a mesma que a tensão de rede.
Se as potências dos resistores são P1, P2 e P3, as respectivas
correntes serão:
I1 = P1 /E, I2 = P2 / E, I3 = P3 / E
Pelo condutor da linha geral deverá chegar uma corrente
I, que se divide no nó A em I1, I2 e I3 para alimentar os
resistores, estas correntes reúnem-se novamente no nó B,
somam - se, e pelo outro condutor da linha geral, saem numa
corrente de valor I. Assim teremos:
       I = I1 + I2 + I3
No caso de vários resistores em paralelo, teremos:
             I = I1 + I2 + I3 + ......In

 SEGUNDA LEI DE KIRCHHOFF:
A segunda Lei de Kirchhoff se refere a forma como a
tensão se distribui no circuito série.
Enunciado da Segunda Lei de Kirchhoff:
“A soma das tensões nos componentes de uma associação
série é igual a tensão aplicada nos seus terminais
extremos.“

Para darmos continuidade ao estudo da Segunda Lei de
Kirchhoff vamos relembrar as características fundamentais dos
circuitos série:
v fornece apenas um caminho para a circulação da corrente
elétrica;
v a corrente tem o mesmo valor em qualquer ponto do circuito.
Consideremos agora um circuito série constituído por
dois componentes com resistências R1 e R2, respectivamente,
sendo percorridas por uma corrente I.

A tensão aplicada ao circuito se distribui para os dois
componentes, sendo assim, teremos:
E1 = I x R1 E2 = I x R2
Assim, teremos para o circuito uma tensão total de:
E = E1 + E2
No caso de termos vários componentes ligados em série,
a tensão aplicada no circuito será:

E = E1 + E2 + E3 +... En