A energia se apresenta sob
as mais variadas formas, tais
como: energia elétrica,
energia térmica, energia mecânica, energia
luminosa, etc. Estas
formas de energia podem sofrer transformações,
passando de uma para
outra; por exemplo, podese
transformar a energia
elétrica em energia térmica.
Quando a corrente elétrica
passa através de um condutor
ou resistor, encontra uma
resistência elétrica, ocorrendo
então o aquecimento do
fio. Houve, portanto, uma transformação
de energia elétrica em
energia térmica, a esse fenômeno
denominamos Efeito
Joule.
O efeito Joule pode ser
entendido como o choque de
elétrons livres contra os
átomos do condutor. Com o choque,
os elétrons transformam
parte da energia elétrica que recebem
do gerador e esta energia
transferida e transformada em
calor. Por sua vez, este
calor determina a elevação da temperatura
do condutor.
Enunciado da Lei de Joule:
“ A
energia térmica ou quantidade de calor desenvolvida
pela
passagem da corrente elétrica por um
condutor
ou resistor é diretamente proporcional ao
quadrado
da corrente elétrica, à resistência do resistor
ou
condutor e ao tempo durante o qual se efetua a
transformação
de energia.”
Q = 0,24
x I2 x R x t onde
Q - quantidade de calor em
calorias (cal)
0,24 - equivalente térmico
de calor (1J = 0,24 cal)
R - resistência (W)
I - corrente elétrica (A)
t - tempo (s)
O efeito Joule ocorre
sempre, pois todos os dispositivos
possuem resistência
elétrica, porém nem sempre interessa a
transformação de energia
elétrica em calor, como por exemplo,
o caso de um motor
elétrico. Neste, a intenção é a transformação
de energia elétrica em
energia mecânica, mas nem
toda energia é assim
transformada, pois uma parcela se transforma
em calor devido à
resistência elétrica dos fios que constituem
os enrolamentos do motor.
Como essa energia não é
desejada, dizemos que a
mesma se constitui numa
energia perdida ou dissipada, pois
o calor é trocado com o
meio ambiente.
A transformação da energia
elétrica em térmica aparece
sob duas formas:
aproveitamento Joule e perdas Joule.
O aproveitamento Joule se
dá nos resistores (estufas,
ferros de soldar, etc.),
onde se deseja obter aquecimento através
da corrente elétrica.
Nos condutores a
transformação de energia elétrica em
térmica é um
inconveniente, pois ela não é desejada.
A perda Joule é expressa
em watts pela seguinte fórmula:
P = I2 x R, onde
P - potência dissipada ou
perdida (W)
I - corrente elétrica (A)
R - resistência elétrica (W)
APLICAÇÕES DO EFEITO JOULE:
O efeito Joule embora seja
prejudicial as máquinas elétricas
e nas linhas de
transmissão, pois representa uma perda
de energia elétrica, é por
sua vez muito útil. Isso ocorre, por
exemplo, nos aquecedores
elétricos em geral: ferro elétrico,
chuveiro, etc., nos
fusíveis e nas lâmpadas de incandescência.
a) As
lâmpadas incandescentes criadas no século passado
pelo inventor Thomas
Edison, constituem também
uma aplicação do efeito
Joule. Os filamentos destas
lâmpadas são geralmente
feitos de tungstênio, que é
um metal cujo ponto de
fusão é muito elevado. Assim,
estes filamentos, ao serem
percorridos por uma corrente
elétrica, se aquecem e
podem alcançar altas temperaturas
tornando-se incandescentes
e emitindo grande
quantidade de luz.
b) Outra
aplicação do efeito Joule é encontrada na construção
de fusíveis, que são
dispositivos usados para
limitar a corrente que
passa em um circuito elétrico
como , por exemplo, em um
automóvel, em uma residência,
em um aparelho elétrico,
etc.. Este dispositivo
é constituído por um
filamento metálico, geralmente de
chumbo, que tem baixo
ponto de fusão. Desta maneira,
quando a corrente que
passa no fusível ultrapassa
um certo valor (próprio de
cada valor), o calor gerado
pelo efeito Joule provoca
a fusão do filamento, interrompendo
a passagem da corrente.
c)
Atualmente, os fusíveis nas residências são substituídos
por disjuntores, o qual
também possui o seu funcionamento
baseado no efeito Joule.
Nestes componentes,
o aquecimento de um
dispositivo bimetálico provoca
a sua dilatação, fazendo
com que o disjuntor desligue,
protegendo o circuito.