quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Condutores e Isolantes

A distribuição dos elétrons em órbitas ao redor do núcleo
se dá de acordo com os níveis de energia que cada elétron possui.
Quanto mais afastado do núcleo um elétron estiver, maior é
a sua energia, porém mais fracamente ligado ao núcleo ele estará.
Para o estudo da eletricidade, nos interessa conhecer apenas
as características da última camada, também chamada camada
de valência. É nesta camada que os fenômenos elétricos
ocorrem. Nos materiais metálicos, a distribuição de elétrons nas
camadas se dá de tal forma que existem poucos elétrons na
camada de valência. Estes elétrons possuem ligação fraquíssima
com o núcleo, sendo facilmente retirados de sua órbita por um
agente externo, sendo chamados de elétrons livres. A condução
elétrica nestes materiais se dá pela movimentação destes
elétrons livres entre átomos próximos.
Em outros materiais, a camada de valência pode estar
quase completa. Neste caso, a força de ligação destes elétrons
com o núcleo do átomo é grande, fazendo com que eles
não sejam retirados com facilidade de suas órbitas, ou seja,
os elétrons não estão livres.

Condutores e Isolantes

As afirmações acima nos levam a concluir que materiais que
apresentam elétrons livres em sua constituição são bons condutores
elétricos, destacando-se nesta categoria os materiais metálicos,
enquanto que materiais que não possuem elétrons livres são maus
condutores de eletricidade, também chamados isolantes, entre os
quais podemos citar o plástico, a borracha, o vidro, o ar, entre outros.
Existe ainda uma terceira categoria de materiais, chamados materiais
semicondutores, cujas características os tornam intermediários
entre os condutores e os isolantes, os quais são amplamente utilizados
na construção de dispositivos eletrônicos, dentre os quais destacam-
se o silício e o germânio.
ELETRIZAÇÃO DOS CORPOS
Podemos eletrizar um corpo através da retirada ou da inserção
de elétrons em suas órbitas. Se adicionarmos elétrons, o
corpo ficará eletrizado negativamente, uma vez que possuirá mais
elétrons do que prótons. Se por outro lado retirarmos elétrons, o
corpo ficará eletrizado positivamente, uma vez que haverá excesso
de prótons em relação ao número de elétrons.
Os processos básicos de eletrização, ou seja, de se retirar
ou adicionar elétrons ao corpo podem ser por atrito, por
contato ou por indução.
Atritando dois materiais isolantes diferentes, o calor gerado
pode ser suficiente para libertar alguns elétrons, passando
estes elétrons para o outro corpo. Assim, os dois corpos ficarão
eletrizados. O que perdeu elétrons ficará com carga positiva,
enquanto o que os recebeu ficará com carga negativa.
Se um corpo eletrizado negativamente for colocado em
contato com outro corpo neutro, haverá uma transferência de
elétrons entre estes corpos, do primeiro para o segundo, conforme
mostra a figura abaixo:

Condutores e Isolantes

A transferência de elétrons se dá até que estes corpos
se encontrem em equilíbrio eletrostático. Entenda-se por equilíbrio
eletrostático não cargas iguais, mas potenciais
eletrostáticos iguais, conceito este que será objeto de estudo
futuro.
Se aproximarmos um corpo eletrizado positivamente de
um condutor não eletrizado (neutro) e isolado, seus elétrons
livres serão atraídos para a extremidade mais próxima do corpo
positivo, conforme mostra a figura abaixo:
Condutores e Isolantes

Desta forma, o corpo neutro ficará com excesso de elétrons
em uma extremidade e falta de elétrons na outra. Aterrando
este cormo, o mesmo atrairá da terra uma quantidade de elétrons
até que a extremidade positiva se neutralize. Ao desfazermos
o aterramento, os elétrons que ingressaram no corpo não
terão mais um caminho para retornar à terra, e o corpo anteriormente
neutro ficará com excesso de elétrons, portanto carregado
negativamente, conforme mostrado abaixo:
Este processo é conhecido como eletrização por indução.


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